Em março de 2018 o então ministro da saúde, Ricardo Barros, anunciou um decreto que incluía 10 novas práticas integrativas e complementares (PIC) ao rol das 19 já utilizadas no Sistema Único de Saúde (SUS). Apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais passaram a compor a lista junto com ayurveda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia e yoga[1]. O argumento defendido pelo ministro é que essas práticas são importantes na prevenção e promoção à saúde, ou seja, que se pode economizar verbas públicas ao evitar que as pessoas fiquem doentes.
Na segunda parte desse mesmo artigo demonstrarei com exemplos como no município do Rio de Janeiro o contexto em que o desenvolvimento tecnológico e as demandas do capitalismo atualmente tem contribuido para o processo que nomearemos de gentrificação. Nesta primeira parte, contudo, nos disporemos de entender La Belle Epoqué napoleônica e a herança carioca com Pereira Passos.
Longe de tentar fechar discussões e encerrar assuntos, neste texto procuro exteriorizar preocupações e reflexões, buscando pensar o momento que estamos vivendo. Acredito que o sentimento de falta é algo que todos e todas nós sentimos. O sentimento de "algo de novo está acontecendo" toca na gente, por mais que abafados por afirmações de que estamos num momento cíclico, que é a repetição como tragédia de momentos passados, a sensação do "o que é isso?" permanece fortemente. Algo que é assustador?
Texto publicado originalmente no dia 28/10/2018, no dia do segundo turno das eleições presidenciais por Antony Devalle no grupo de Facebook do grupo Inimigos do Rei
Teoria das Competências: o sucateamento e mercantilização como reinvenção da educação pública
Recado de retorno do Portal Autônomo de Ciências: estamos voltando com nossas postagens em 2019. A periodicidade dos textos passará a ser quinzenal para que possamos dar conta de continuar escrevendo e postando textos com qualidade. Boa leitura a todas e todos.
Texto publicado originalmente no dia 02/03/2019, por Antony Devalle no grupo de Facebook do grupo Inimigos do Rei.
“Carreira no mercado de emprego formal”, “aprender a aprender novos conteúdos”, “procurar vagas” e “dinâmica dos processos seletivos”, palavras que a princípio podem remeter a dilemas do mundo do trabalho, flutuações das taxas de desemprego, entre outras frases que permeiam o cotidiano dos quadros econômicos, entretanto, ao contrário do que se espera, tais palavras fazem parte do arcabouço textual de uma colunista de um proeminente jornal de São Paulo, cujo foco de seus textos é, nada mais nada menos que: Educação.
O cenário político atual do contexto brasileiro está cada vez mais alarmante. De uns anos para cá, não faltam notícias preocupantes no quadro nacional. Para citar algumas, podemos falar de condução coercitiva de reitores de universidades federais[1], criminalização e banalização de movimentos sociais (notícias sobre arquitetura do prédio e sua história ganham mais importância do que as dezenas de vidas perdidas nessa tragédia e, para além disso, a necessária reorganização do espaço humano)[2], intervenção militar no Estado do Rio de Janeiro, reformas educacionais idealizadas por bancos internacionais e indústrias petroleiras[3], desmonte e privatização de órgãos públicos[4] e, mais recentemente, uma possível audiência pública na câmara dos deputados, em Brasília, para apurar uma suposta perseguição a estudantes evangélicos nas universidades públicas (fato político construído na UFF com a parceria de neonazistas)[5]. Se o Brasil atual não é um país em estado de exceção, caminhando a passos largos ao totalitarismo, não sabemos o que é. Entretanto, devemos nos perguntar: de onde vem as motivações, incentivos e suporte (ideológicos, estruturais e financeiros) para esse desmonte do Estado brasileiro?
"Quebrado o atual ciclo, com o Brasil livre do crime, da corrupção e de ideologias perversas, haverá estabilidade, riqueza e oportunidades para todos tentarem buscar a felicidade da forma que acharem melhor."
Entrevista realizada com a pesquisadora e curadora Julia Salles durante a realização da Mostra Bug no Oi Futuro. Na entrevista Julia fala sobre as interfaces entre arte e tecnologia, os processos de curadoria, a pesquisa com inteligência artificial, os choques da fazer pesquisa e arte no Brasil e no exterior, entre outros.
Confira o vídeo abaixo: