Rio de Janeiro-RJ: Ato unificado pela educação repudia estado de calamidade pública que prioriza olimpíadas
Nesta quarta-feira, dia 22 de junho, pela manhã, o sindicato dos professores em greve, o SEPE, fez mais uma assembleia na pista da São Clemente, no centro do Rio de Janeiro, para definir os rumos da greve Estadual. Entre as deliberações estão:
Entre as deliberações estão:
- A continuação da greve
- Aprovação da nota de repúdio à nota do governador Dornelles sobre o Estado em situação de calamidade, dando prioridade às olimpíadas em detrimento dos servidores do estado.
- Trajeto do ato à ocorrer em seguida, que seria: saída do Museu do Amanhã até a Cinelândia pelo caminho do VLT.
Falaram também ao microfone, alunos de escolas ocupadas e um representante do #OcupaIFCS (Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ). Após suas falas em apoio a continuação da greve, foram aplaudidos. Alguns ocupantes do #OcupaSEEDUC apareceram para prestigiar seus professores e recolher fundos para sua ocupação.
No mesmo dia, a categoria conquistou uma pauta vitoriosa: a de 30 horas semanais para os funcionários administrativos. Pauta essa que conta com 20 anos de luta pelo sindicato.
Por volta de 15 horas, começou a concentração para mais uma ato unificado da educação pública do Estado do Rio de Janeiro. Os manifestantes se reuniram na Praça Mauá - próximo ao Museu do Amanhã - nos trilhos do VLT. Por volta das 16 horas o protesto saiu pela Avenida Rio Branco, sentido Cinelândia.
Pouco antes da altura da Presidente Vargas, estudantes e professores fizeram um "adesivaço" em um VLT que estava parado no trilho. Centenas de adesivos foram colados no veículo e em seguida o ato seguiu para a Cinelândia.
Os estudantes tomaram todas as pistas da Avenida Rio Branco fazendo dois cordões. A frente do ato foi composta por uma faixa dos aposentados, que também sofrem com o parcelamento dos seus salários, seguidos dos estudantes que carregavam outra faixa com o dizer: "Não vai ter tocha".
O ato chegou à Cinelândia por volta das 18 horas, onde foi encerrado. Antes da dispersão, manifestantes fizeram um novo adesivaço, dessa vez no Theatro Municipal, onde aconteceria, logo depois, um evento com grande presença midiática.
Houve um princípio de confusão entre alguns manifestantes e seguranças do evento, porém a situação se acalmou e logo depois o ato se dispersou.
O estado do Rio de Janeiro está oficialmente em calamidade pública. Serviços públicos estão sendo racionados com a desculpa de que a crise afetou os cofres do governo, porém gastos exorbitantes estão sendo feitos com a proximidade das Olimpíadas. O Estado mostrou sua prioridade pelo megaevento em detrimento aos serviços básicos, em revolta, a população segue nas ruas.
Leia mais sobre os atos anteriores:
Rio de Janeiro-RJ: Ato unificado pela educação termina no #OcupaSEEDUC.
Rio de Janeiro-RJ: ato pela educação se une à marcha das mulheres contra a cultura do estupro
Rio de Janeiro-RJ: Estudantes e professores fazem ato pela educação
Rio de Janeiro-RJ: caos e greve: ato unificado marcam o panorama político do estado
Rio de Janeiro-RJ: Ato dos Servidores do Estado
Leia sobre o movimento de ocupação do Estado do Rio de Janeiro: