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PEC 241/55 aprovada em primeira sessão no senado gera revolta popular

Novembro 30, 2016 - 16:25
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Ontem, dia 29 de novembro, o Senado votou em primeira sessão a PEC 55, que prevê um teto de gastos públicos durante os próximos 20 anos. A votação aprovou a proposta e outra votação ocorrerá no próximo mês. Do lado de fora, manifestantes eram brutalmente reprimidos pela Polícia Militar.

Durante a votação, Uma senadora do PT acusou manifestantes de infiltrados, por tentarem entrar na sessão para repudiar e protestar contra a votação que acarretará em cortes aos serviços básicos da população.

Senadores fizeram apologia à repressão contra as manifestações:

“Quando a Polícia joga bombas de efeito moral, ela o faz pela defesa da ordem” - disse um dos senadores, seguido de um colega que disse “Não podem apoiar a revolta desenfreada[...] é preciso que haja um LIMITE nas manifestações.” - disse senador

Diversas redes de televisão e jornais comerciais também fizeram acusações contra o protesto que tentava barrar os cortes à saúde, educação e outros serviços básicos, para ser destinado ao pagamento da dívida pública à grandes empresas financeiras. Discursos acusando de vandalismo e baderna foram lançados contra manifestantes.

Enquanto as/os políticos votavam a PEC que afeta principalmente a população pobre, esta mesma população era reprimida pela Polícia. Bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas contra os manifestantes. Vídeos da polícia fazendo disparos com balas de borracha em sequência contra os manifestantes circulam pela internet.

Diversas pessoas ficaram gravemente feridas e desmaiaram durante o confronto, o que gerou vários boatos de que pessoas teriam morrido. Um jovem chegou a ter uma parada e foi levado as pressas pelos bombeiros.

Em nota publicada pelo Conselho Indigienista Missionário (CIMI), o MST-DF denunciou que o único manifestante ainda detido é Bruno Leandro de Oliveira Maciel, coordenador regional do MST-DF, detido pela polícia enquanto ajudava manifestantes feridos. Segundo Bruno, ele foi encapuzado e torturado física e psicologicamente, e só lhe foi retirado o capuz só foi retirado quando chegou a sala da Polícia Legislativa do Senado.

Como forma de resistência, manifestantes fizeram barricadas nas ruas ao redor da esplanada, e responderam com pedras e bombas caseiras aos ataques policiais. Carros da mídia comercial foram virados e incendiados por manifestantes.

Pessoas do país inteiro participaram da manifestação, que reuniu cerca de 15 mil pessoas. A próxima votação da PEC 55 está marcada para o dia 13 de dezembro.

PEC 55 E REFORMA DO ENSINO MÉDIO

A PEC 241/55 pretende congelar os investimentos nos serviços essenciais para a população por 20 anos e com isso, redirecionar tais recursos para grandes empresárias/os do sistema financeiro. Serão afetados diretamente os serviços como Saúde, Educação, Previdência, entre outros. A principal consequência de tais medidas será o maior sucateamento dos serviços públicos e a privatização de hospitais, escolas entre outros, excluindo a população pobre do acesso a esses serviços. Os beneficiados serão, principalmente, os planos de saúde, escolas e universidades privadas e bancos.

A reforma do Ensino Médio têm por objetivo preparar as/os jovens apenas para o mercado de trabalho e limitar o pensamento crítico da população, retirando matérias importantes para o desenvolvimento intelectual e pessoal das/dos estudantes e acrescentando matérias técnicas. As beneficiadas serão as empresas e governos, que receberão uma população menos consciente e melhor domesticada para servir aos patrões por menores salários e menos preparadas para conhecerem e reivindicares os seus direitos.

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