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Rio de Janeiro-RJ: Ato contra o aumento das passagens

Fevereiro 06, 2014 - 00:00
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Nesta quinta-feira, dia 06 de fevereiro, mais um ato contra o aumento das passagens acontece na cidade do Rio de Janeiro. Manifestantes de diversas frentes se juntam ao protesto puxado pelo Movimento Passe Livre – MPL para reivindicar melhor qualidade e um transporte verdadeiramente público.

O ato que vinha pela Avenida Presidente Vargas, ao chegar na Central do Brasil, se depara com um grande aparato policial preparado para reprimir a manifestação. Uma parte dos manifestantes conseguem entrar na estação, mas pouco tempo depois uma bomba de efeito moral estoura e grande quantidade de gás lacrimogênio se espalha pelo ar, fazendo as pessoas cobrirem seus rostos devido ao efeito do gás, mas a maior parte dos manifestantes sai da estação.

Na rua, a polícia também entra em confronto com os manifestantes, atirando bombas e tiros de bala de borracha. Pessoas são perseguidas por todos os lados pelos policiais, até mesmo quem apenas passava pelo local foi alvo dos policiais. Os arredores da central se tornau um campo de guerra entre a polícia e a população que luta por um transporte verdadeiramente público e de qualidade.

Neste conflito, um cinegrafista da rede bandeirantes é atingido por uma bomba na cabeça e está internado em caso grave no hospital. Um senhor de 72 anos de idade é atropelado por um ônibus na Avenida Presidente Vargas enquanto corria em desespero devido as bombas e tiros da polícia, e também é internado em estado grave.

Do lado de dentro, manifestantes, jornalistas e a população que tentava pegar o trem, ainda são alvos de ataques de policiais e seguranças da estação. Um jornalista do CMI-Rio quase teve seu material arrancado por um segurança e quase foi atingido por um cassetete de um policial descontrolado. Outro jornalista chegou a levar chutes e empurrões de um segurança.

Um jovem negro é perseguido e covardemente agredido por vários policiais. No vídeo, pode-se ver todo o momento em que o garoto, próximo a câmera, é perseguido sem qualquer justificativa. Como pode-se ver também, o jovem não apresentava nenhum risco aos policiais, mesmo assim é agredido, porém não é detido, explicitando a intenção da PM de reprimir de forma ilegal. Caso o jovem tivesse cometido alguma infração, sua detenção seria justificada, mas não a agressão.

Tanto dentro quanto fora da estação, a polícia escolhia sem critérios pessoas para perseguir, agredir e/ou deter. A intenção era o de reprimir a manifestação pelo transporte de qualquer maneira, o resultado foi de duas pessoas em risco de morte e várias outras feridas ou em mal estar pelo abuso de gás lacrimogênio.

Atualização:

O senhor atropelado enquanto fugia das bombas da polícia morre no hospital, no mesmo dia. O cinegrafista da bandeirantes também veio a falecer na segunda-feira, dia 10.

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