Rio de Janeiro-RJ: Ato pela educação impede votação que permite a demissão de servidores do estado
Nesta terça-feira, dia 19 de julho, a categoria dos professores estaduais decidiu em assembleia a continuação da greve, que já se estende por mais de quatro meses, ainda sem reajuste salarial.
Após a assembleia, a categoria se uniu à estudantes e apoiadores em uma manifestação em frente a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) onde ocorreria a votação de projeto de lei que diminuiria os direitos trabalhistas e permitiria demissão de servidores do estado para enxugar a folha de pagamentos.
Professores tentaram entrar na ALERJ, mas foram impedidos pelos seguranças que dispararam um extintor de incêndio contra os profissionais. A polícia militar também se posicionou para impedir que os professores participassem da votação que acabou não ocorrendo devido aos protestos. Na rua em frente, manifestantes queimaram um boneco com os rostos do governador Dornelles, deputado Picciani e ex-governador Pezão.
Esta greve já se mostra histórica e vem se arrastando para mais de quatro meses, pois o governo do estado não tem se mostrado disposto a negociações. O ponto dos professores grevistas foi cortado neste mês, além de sofrerem retaliações e perseguições por parte do estado. A aprovação do projeto de lei que permite a demissão de servidores certamente teria os profissionais da educação como principais alvos, por ser a categoria melhor organizada contra as ações do governo.
Apesar de o governador ter declarado estado de calamidade pública por falta de dinheiro para cumprir suas obrigações e argumentar a necessidade de se demitir servidores para reajustar o orçamento do estado, todo o aparato para a realização dos jogos olímpicos continua consumindo enormes valores da receita do governo.
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