Museu Nacional sofre incêndio e população vai às ruas contra sucateamento
Neste domingo, 2 de setembro, um grande incêndio atingiu o Museu Nacional, localizado na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio. Os bombeiros, apesar de chegarem rápido ao local, não puderam conter o fogo devido à falta de água no local. As chamas consumiram o prédio do museu mais antigo do Brasil, transformando mais de 20 milhões de itens históricos presentes no acervo em cinzas.
Poderia encarar-se como uma tragédia infeliz caso a população não tivesse compartilhado diversas denúncias nas redes sociais que mostravam que há tempos o museu vinha sofrendo um sucateamento por parte do governo federal, que mesmo com os pedidos do diretor por mais verbas, continuava diminuindo os investimentos.
O ápice do descaso com o local histórico ocorre após a aprovação do teto de gastos com educação, PEC aprovada durante o governo Temer em 2016 e que congelava os investimentos na área educativa por 20 anos. Assim, menos recursos foram destinados ao espaço, acelerando uma tragédia já anunciada desde o começo do sucateamento há anos atrás para atender uma política neoliberal de privatização dos espaços públicos.
Diante desta situação, a população se revoltou e foi às ruas no dia seguinte para protestar contra o sucateamento do serviço e dos espaços públicos e para demonstrar sua dor diante da perda de um monumento histórico de tal importância científica e cultural para o país.
Integrantes de movimentos de direita estiveram na manifestação com o intuito de implodí-la, um deles inclusive portando uma espada de madeira, utilizada para agredir manifestantes. Após agressões cometidas por estes homens, sendo uma, inclusive, contra uma mulher, houve confusão e eles acabaram expulsos da manifestação.
O ato seguiu até a ALERJ, onde houve o encerramento. Cerca de 15 mil pessoas estiveram presentes.
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